Você já parou para pensar na força que existe em colocar no papel aquilo que sente?
Aqui falo de uma escrita livre, sem compromisso e sem obrigações profissionais.
Sempre que escrevo dessa forma, tenho a sensação de que consigo capturar um pedaço da minha vida e dando a ela vida longa. Como se, ao transformar sentimentos e pensamentos em palavras, estivesse também prolongando o tempo em que eles vivem dentro de mim.
Escrever o que você sente é prolongar a sua vida porque é uma forma de se conectar com aquilo que, muitas vezes, nem conseguimos expressar em voz alta. A escrita é uma maneira de segurar esses momentos e (re)vivê-los mais intensamente, dando a oportunidade de ver com certo distanciamento e percebendo como aquilo te afetou — e como você reagiu.
É uma forma de aprender e melhorar pontos que possam ser desenvolvidos em nós. Quando se escreve o que sente, você cria um diálogo interno, que ajuda a entender melhor quem somos e o que estamos sentindo de fato.
Escrever é também uma oportunidade de dar uma pausa na correria da vida pra revisitar suas próprias emoções, reviver situações e resgatar lembranças que foram marcantes.
Acho que é por isso que escrever sempre foi algo presente na minha vida. Sempre houve esse desejo de não deixar as emoções escaparem.
Se há uma verdade que aprendi ao longo do tempo, é que a escrita nos permite ser vulneráveis sem medo. É um momento onde revelamos nossas fraquezas e também nossas forças. E esse é um dos maiores benefícios da escrita: transformar fragilidade em algo digno de ser revisitado.
Escrever, para mim, é uma forma de prolongar minha existência aqui nesse mundão. Cada palavra no papel, cada sentimento transformado em texto, é uma forma de deixar uma parte da gente para ser redescoberta, seja por nós mesmas ou por quem tiver acesso à essa escrita.
Se essa leitura te despertou o desejo de começar a escrever o que você sente, tenho uma prática simples — mas poderosa — para te sugerir.
No livro O Caminho do Artista, de Julia Cameron, ela apresenta um exercício chamado Páginas Matinais, que nada mais é do que escrever três páginas à mão, logo ao acordar, sem censura, sem se preocupar com o que vai sair dali.
A ideia é colocar no papel tudo o que vier à mente, sem filtro. Pode ser uma mistura de pensamentos, desabafos, ideias desconexas ou sentimentos ainda indefinidos. O objetivo não é escrever "bem", mas sim esvaziar a mente e dar espaço pra novas ideias.
Essa prática ajuda a externalizar nossas emoções e fortalece o autoconhecimento. É aquela pausa no dia pra escutar o que você tem a dizer para você mesma.
Se você está buscando um jeito de começar a se expressar através da escrita — e até mesmo de se conhecer melhor — quem sabe essa prática também não funcione para você?
Deixo aqui esse convite: experimente! Será uma forma de prolongar a vida dos seus sentimentos e, consequentemente, da sua própria jornada.
Te desejo uma boa escrita, e uma jornada de autodescoberta.
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